Tuesday, June 21, 2011

A second thought

"Yesterday you told me 'bout the blue blue sky
And all that I can see is just a yellow Lemon tree"


Yet one day…
You said I could feel
And I believed you 

You showed me the sky
I reached for the stars
Why did you cut my wings?

'You won't regret trusting me'

Liar.

You said I could feel
I denied it

Liars.


Abel

Happy

You said I could feel
I cannot.
I was never hurt—I will never heal.
You showed me love,
And I can never understand

But know that if I could,
If any happiness of mine were true,
I would be happy the way I am.

I live the simple life of a man
A soulless man, a happy man
The simple life of
A soulless man happy to never feel happy.
And you said I could feel.


Abel

Sunday, June 19, 2011

Close your eyes,
Killer of the night;
Cross your arms.

I give you this flower,
Withered like my dreams,
'Tis the white chrysantemum,
The flower of the dead.

Oh slayer from the dark,
You kill less than I do.
I may be the sinner,
but this sin I will undo.

Cards for sorrow,
Cards for pain.
Savior from the light,
May you be their guide,
In a world like this,
In a world insane.

Unreal ~ Perception

Everything seems
so distant
so faraway
Are you there?
Wait,
I don't care.

I see you
I don't acknowledge you
I feel you
My mind doesn't.

Who are you?
Your name means..
Nothing.
You're just there.
And I don't care.

Humiliation
Rage
Indifference
Unknown
That's how I see you

You're just
a mere notion
a simple thought.
You don't exist.

For me,
you are unreal.
You
Never happened.
You're not part
of my world.

But in such a world
where people don't exist
where people mean nothing
Who am I?

Irreal ~ Percepção

Tudo tão longe
Tão distante
Estão aí?
Mesmo que estejam...
Que diferença faz?

Eu os vejo.
Não os percebo
Eu os sinto
Minha mente,
Não.

Estão aí?
Quem é você?
Não o seu nome.
Para mim, você é...
Um substantivo.

Humilhação.
Raiva.
Indiferença.
Desconhecimento.
Um mero conceito.
Você não existe.

Pra mim
 você é irreal.
Você nunca aconteceu.
Não faz parte
do meu mundo.

Mas em um mundo
em que as pessoas
simplesmente não existem
Quem sou eu?
In my darkest hours, I could not foresee that the tide could turn so fast to this degree

Por favor, por favor me perdoe. Se eu soubesse que iria cair a esse nível, já teria feito isso há muito tempo. Eu prometi a mim mesmo que nunca, nunca cometeria este mesmo erro---e eu cumprirei minha palavra. Eu estou.

Você nunca mais me verá. Me ouvirá. Me sentirá. Quando jazerei frio na terra, somente então pararei de te atormentar, assombrar, somente então estará tudo tão certo quanto poderia estar. Somente então estará segura----de mim. Eu nunca mais virei para você.

Doce bebida toca meus lábios, mas mais doces são as trevas que eu sei que breve estão por vir. Nunca mais, nunca mais terei que me preocupar, nunca mais terá que temer-me. Eu não farei isso, não farei. Isso é a última coisa em mim que confio. Minha resolução com certeza trará isso a um fim.

Tem que.


Desconhecido
In my darkest hours, I could not foresee that the tide could turn so fast to this degree

Please, please forgive me. If I had even known I would sink so low, I would have done this so very long ago. I promised myself I would never, ever make this same mistake---and I will hold true to my word. I am.

You will never see me again. Hear me again. Feel me again. When I lay cold in the ground, only then will I cease to haunt you, only then will things be set right. Only then will you be truly safe from me. I will never come back for you.

Sweet beverage touches my lips, but sweeter is the darkness soon to follow. Nevermore, nevermore will I have to worry, will you have to fear. I won’t do this, I won’t. This is the last thing I can trust about myself. My resolution will bring this to an end.

It has to.


Unknown
What does loyalty even mean anymore?

I can’t say I really remember ever being loyal to anyone or anything except myself. All my life has been just ‘gain trust, act innocent, betray’, rinse and repeat. I can never seem to truly dedicate myself to someone other than me.

And now I can’t get to trust anyone either. I just can’t. Why should I? If I can’t trust myself to stay loyal to someone else, why in the world would anyone be loyal to me?


Unknown

O ovo

               Já faz um tempo agora... Estive pensando nisso desde aquele momento... E quanto mais penso, mais sentido faz.

               Ovos são uma coisa tão delicada. Tão patética. Por dentro, gema e clara, suaves, cheias de nutrientes, fracas. Mesmo assim, o embrião de uma nova vida. Algo puro, imaculado. Um sistema em equilíbrio. Estamos todos protegidos, assim como o ovo, por uma casca, que parece dura... mas no final é tão fraca quanto o que há por dentro...

               Então você vem e quebra a casca do ovo, a sua única proteção. Você frita, cozinha, tortura a gema e a clara. A mente e a alma. Ou até come direto, cru. E assim acaba essa vida que ainda estava para começar, tão cedo, sem aviso. Você nem repara. Você não se importa.

               Mas... e se esse ovo, em vez da casca aparentemente forte, mas que é fraca... tivesse uma camada de diamante por dentro? Uma camada tão espessa, tão dura, tão resistente, que quando você tentasse quebrar a casca do ovo, quebrasse a mão em vez. Certamente, depois disso, na próxima vez que fosse partir um ovo... pensaria duas vezes. Hesitaria. E se sua necessidade não fosse tão forte, até poderia acabar desistindo... Deixando esse ovo em paz...

               Eu terei essa camada de diamante, da próxima vez que você ou qualquer outro vier. Estarei isolada, mas segura. Não é como se agora eu pudesse fazer qualquer outra coisa... Você espera que eu continue sendo a vítima, a fraca. Eu não lhe darei esse prazer. Agora, quem irá se ferir é você.

               Tudo parece tão distante. Eu não sinto mais nada. Você sente? Já sentiu?

               Agora a única coisa que me resta, em meio aos cacos e fragmentos do que você deixou de mim, é minha raiva. Minha indignação. Mas não foi somente você. O que você fez, foi destruir algo que demorou anos, séculos, para reconstruir. Eu finalmente tinha minha vida de volta. Você tirou-a de mim novamente.

               O mal não tem rosto. Nenhum de nós reconhece o mal à primeira vista. O mal é banal. O rosto de todos os dias. O rosto de todos. Dentro de todos. Você me ensinou que o mal está sempre no coração dos outros.

               Eu não consigo mais confiar nos outros agora. Mas isso também não é só culpa sua. Todos me deram motivos. Eu fui idiota de não ter percebido antes... Nesse mundo em que vivemos, não há em quem confiar. Nem mesmo naqueles que mais amamos. No fundo, são eles os que mais nos enganam. Os que mais nos ferem. Você não é um deles, você é todos eles, e todos os que não são meus amados. Não confio em você, não confio em mais ninguém.

               Eu sei que quer que eu confie em você, para depois destruir minha casca novamente. Para degradar minha gema novamente, para desonrar-me, ferir-me.

               Pois eu quero que você confie em mim. Confie que eu confio em você.

               Quando chegar o momento, você quebrará mais do que a mão.

Desconhecido

O corredor

            O corredor é longo, tão longo que não consigo ver o fim. Até ver uma porta ao longe, conto trinta, cinqüenta, cem, duzentos, trezentos passos. Mesmo assim parece tudo tão distante...

            O corredor branco é bem iluminado, mas é com um olhar tenebroso que as estátuas me vigiam... Mesmo assim, seus olhos de pedra refletem exatamente o que o templo em preto e branco exprime agora perante meus olhos: paz, inexpressividade. O lugar é calmo, sereno... Nada se move. O ar parece suspenso como se o Tempo ele mesmo tivesse parado para marcar a ocasião. A atmosfera, de tão pacífica, tão serena de modo quase arrogante, é praticamente um insulto ao sofrimento que por aqui passa... Seu silêncio, uma afronta aos gritos de angústia do Dmitri...

            Meus passos ecoam pelo corredor, quebrando o silêncio de modo quase mais perturbador que os gritos de meu amigo.

“Dmitri...”

            No início, não ouso clamar mais alto. Sinto-me como se fazer barulho em meio a esse ar de paz imponente fosse um pecado; como se o feitiço fosse se quebrar e subitamente tudo explodiria ao redor de mim, trazendo-me de volta à realidade...

            Mas conforme passo por portas e portas, subindo escadas, descendo escadas, dando voltas em corredores, sem nunca parecer chegar mais perto, meu desespero cresce, junto com o ardor dos urros.

“Dmitri!”

            Ainda assim minha voz soa fraca se comparada ao silêncio ensurdecedor. Já não ouço meus passos, os gritos eles mesmo parecem distantes. Sinto-me como se estivesse chegando ao meu destino, entretanto...

“DMITRI!”

            Dessa vez, assim que minha voz explode pelos corredores vazios, os gritos param. Ouço o triste pranto, suave, dolorido. A última porta se abre...

            Dmitri. Aquele que eu tanto admirava, admirei, admiro. Quando jovens, sempre sabia me dizer o que fazer... Sabia a diferença entre o certo e o errado, sabia a explicação para tudo, para o que tinha acontecido e para o que havia por vir, sabia tudo o que houvesse para saber... Nunca Hijiri me passara essa impressão. Hijiri, que nunca mais vi depois da explosão. Hijiri, a parte emocional da amizade. Mas Dmitri, a parte racional, a parte que agora mais me importa... Por que está chorando...? Como pode se entregar a algo assim, arrancando seus cabelos, arranhando suas faces, destruindo suas escamas?

“Dmitri, pare.”

            Não faça isso consigo mesmo, Dmitri; não faça isso comigo. Sinto meu coração apertar. A realidade que vivemos é apenas a que queremos ver, você acabou de aprender isso à maneira mais difícil...

“Era tudo mentira! Nunca existiu! Todo esse tempo....Todo esse tempo, uma ilusão! Um nada! Por que ninguém nunca me disse, se eu via o que ninguém via? Por que não me avisaram como os olhos, os ouvidos, os sentidos, o coração podem enganar nossas mentes?”

            Talvez seja egoísta de minha parte dizer isso, mas ouvir sua voz me causou um certo alívio. Ouvir algo que não fosse seus gritos e choro me certificava de que o Dmitri que conheci ainda existia...

“É um presente de nossa ascendência, Dmitri. Somente com o tempo aprenderá a ver a diferença entre o real e o que sua mente lhe diz que é real...”

            Dói-me dizer isso. Dizer a alguém que sempre soube tudo, que no fundo, não sabe nada. Sofro ainda mais com o pensamento de que se não fosse pelo nosso parente em comum, nada disso estaria acontecendo. Dmitri enxergaria as coisas como são... Não como sua loucura lhe diz que são. Pois é isso que é, louco... Mas são ou insano, eu estarei aqui para ajudá-lo, e é isso que lhe direi... o que precisa ouvir agora...

“Não se atreva a falar disso! Como se soubesse de qualquer coisa! Você não passou por isso... Não é como se sequer se importasse, você a vida inteira só viveu de arruinar a minha!”

            Suas palavras mostram que já não pensa mais. A parte racional se foi, ao contrário do que eu pensava... mas talvez não seja tão mal assim... Todos, no fundo, somos desse jeito.

            E ai de mim, Dmitri, se falasse disso sem ter passado por isso. Não nego que não tenha sido exatamente a mesma coisa, mas posso lhe dizer que quando comecei a duvidar de meu próprio amor, assim como você agora duvida de sua própria realidade, sofri como você...

“Dmitri, você sabe que eu não fiz de propósito. Nunca quis o Império, e se eu o traí, foi justamente para que o próximo na linha o herdasse. Nunca quis esse poder maldito também, ele me destruiu quase como você diz que eu te destruí...”

“Você matou o Derkath! A única pessoa que me suportava! A única pessoa em quem eu podia depender, a única pessoa real para quem eu não devia dizer o que fazer toda hora, a única pessoa que realmente podia me ajudar....”

            Suas palavras me ferem. Mas suponho que entendo sua dor,  a de não ter em quem confiar plenamente, de não ter a quem entregar-se à procura de conselhos... Não ter quem o proteja, quando tudo o que faz é passar a vida protegendo os outros. Não ter quem te suporte, quando todos dependem em você. Eu também fui um desses, que dependia de você, mas vendo-o assim, prometo que serei também alguém em quem possa confiar.

“Eu não sabia que você se importava tanto com ele... Não sabia nem que você estava vivo! Se eu soubesse, juro que nunca teria feito isso... Teria encontrado algum outro modo de me ajustar com ele, mesmo que ele continuasse tentando destruir aquilo que me era precioso, para que não acabasse te ferindo também... Não queria deixar você na situação em que deixar o Derkath vivo me deixaria...”

            Aproximo-me e a profundidade de suas feridas fica mais clara. O sangue mancha suas vestes outrora imaculadas, uma pálida reflexão do que agora destrói sua alma. Ao vê-lo assim, eu me prometo que não deixarei que aconteça de novo. Estarei aqui para suportá-lo, assim como você esteve lá para mim há tantos anos.

“Olhe para mim. Você sabe que eu não tinha intenção de te ferir, nunca tive. A única coisa que quero é retribuir a amizade que me deu na nossa infância, o apoio que me deu quando eu precisava. Eu vou te ajudar, Dmitri. Estou aqui para você. Confie em mim.”

            Estendo minha mão, convidando-o a se erguer do chão, onde esteve caído há provavelmente horas. Sorrio, e então, por um momento, as paredes, as estátuas, as vidraças parecem menos cinzentas, mais coloridas, vivas. Seu olhar se ergue como se para ver se eu não estava brincando, e vejo a cor se espalhando pelo templo, pelo corredor por onde vim. O tempo parece começar a passar novamente, as folhas antes paradas no ar continuando seu caminho em direção ao chão do lado de fora. O Sol agora brilha mais forte, mais intenso, e sua luz, filtrada pelo vidro colorido das vidraças, inunda a sala. Você também sorri, como costumava sorrir na nossa infância (se é que sorria de verdade para mim, ou já estava remoendo seu ódio tão cedo?), e por um momento, tudo parece dar certo.

            Mas então você cospe, e seu olhar retoma o ódio costumeiro. Não sei o que me dói mais, ter visto aquela sua expressão de tristeza e perdição há meros segundos atrás, ou rever essa expressão de puro ódio agora. Você não diz nada, também, não precisa. A mensagem está mais do que clara quando cerra seus olhos, e com um último olhar raivoso, desaparece, deixando atrás nada mais do que meras lembranças. As cores somem, o ar pára, o tempo congela.

            Dessa vez, os gritos que ecoam pelos corredores cinzentos e vazios são meus.

Perdão

Eu o perdoo. Sinceramente, eu o perdôo. Perdoo por todo o mal que me fez. Perdoo por roubar meu trono. Perdoo por roubar meu poder. Perdoo por ter matado a pessoa que mais me importava na vida,  e perdôo por ter destruído aquele que sempre me guiou. Perdoo por me fazer sofrer tanto,  eu o perdoo, até...
Eu o perdoo. O perdoo por ser meu amigo.

Nunca.


Dmitri

#239 - Dinosaur

It was a normal morning like any other in that rather dysfunctional group of ours. I’d say the sun was shining and other heartwarming and pretty lies, but truth is, it was as cold as hell would be if it had indeed frozen over---which, after today, I think it just might have---and snow was blowing around the icy tower as though it was mad at the world. The sky was clouded and grayish, with dark clouds in the distance telling us that we were far from seeing the Sun anytime soon…

I woke up at dawn like always, even though the Sun wouldn’t be greeting me. Not that it ever did in the snowy winter hell that was Jotunheim. I held back my usual urge to yell and wake up everyone, as I didn’t particularly feel like being torn to shreds by a PMS-ing Jenova, and climbed up the endless sets of winding stairs all the way to the aviary, which was around the second to last floor or so. Don’t ask me why there’s an aviary there, it’s not like any of them could fly out in this weather to deliver any letters or something. Not that I’m complaining, they make for rather good company, at least better than most of my humanoid companions, especially a certain scaly one. Yes, I’m talking about you, Mentalis.

I was feeding the birds, swiping some birdseed for myself every now and then, when I heard it. A loud, ear-piercing roar coming from downstairs… knowing my brother, probably from his lab.

Shit, Daemys, what ancient, powerful and life-hating force have you unleashed on all of us now?

The whole tower trembles as whatever roared decides that it hasn’t woken up everyone yet and must do its job properly.

I go downstairs, very intent on blowing someone’s brains out for this mess, and find myself staring at what was left of a wall. There’s an enormous hole in it, created by some mysterious force that I now suspect didn’t quite like being confined in tiny spaces. Moments later, said brother pops his head out of his lab, face ebony apparently from something having blown up. I raise an eyebrow.

“Oops,” is all he says.

Suddenly I notice a much larger, scaly head staring at me from the other side of the destroyed wall. It has tiny, squinting, evil eyes that sparkle hungrily and very large claws and teeth. My jaw hangs wide open.

There’s  fucking T-rex in the tower!

Oops indeed.


Kris

#250 - Octopus

“...Octopus?”

I hadn’t really expected that, not really. I mean, I might be a fish and all, but a stuffed octopus?

It’s purple, with light blue blushes on its cheeks, and big, teary eyes. It has a painted mouth, curled upwards in a smile, even though, you know, octopuses wouldn’t have their mouth on the front like that and they wouldn’t be smiling. Still, it’s…

Oh god. It’s rather cute.

….There, I said it. What’s the world coming to?


Unknown
Ah, a perda de tempo!
Com tantas coisas pra fazer,
Tantas possibilidades, tanto que
Podemos fazer para nos melhorar!

Estudar, brincar, qualquer coisa!
Mas cá no trânsito ficamos presos.
Quase um décimo do nosso dia!
Um décimo de nossa vida!

Passaremos mais de 5 anos
Nesse trânsito desgraçado!
Tanto que poderíamos fazer
Nestes 5 anos!

Dadaísmo com o livro de Mecânica - "Primeira diferente"

Primeira diferente

Sol é cada intervalo.
Estando fosse constante o ano,
o objeto órbitas menos giram.
É ponto, se fosse foco.



(Para quem não sabe, dadaísmo é uma vanguarda modernista, e pode-se escrever poemas dadaístas simplesmente sorteando palavras.)